1 Ó Senhor, ouve a minha oração, inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade, e segundo a tua justiça.
2 E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.
3 Pois o inimigo perseguiu a minha alma; atropelou-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito.
4 Pois que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado.
5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.
6 Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti, como terra sedenta. (Selá.)
7 Ouve-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desmaia. Não escondas de mim a tua face, para que não seja semelhante aos que descem à cova.
8 Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma.
9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; fujo para ti, para me esconder.
10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana.
11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia.
12 E por tua misericórdia desarraiga os meus inimigos, e destrói a todos os que angustiam a minha alma; pois sou teu servo.
Resumo - Conteúdo
Salmos
Apelo pela Proteção Divina
- Salmos 143:1
O salmista inicia sua oração reconhecendo o caráter justo e verdadeiro de Deus. Ele implora por proteção, pedindo que Deus ouça seus súplicas e não o julgue com severidade.
Confissão de Fraqueza Humana
- Salmos 143:2
O salmista admite que os seres humanos são pecadores e incapazes de se justificarem diante de Deus. Ele reconhece que a justiça de Deus é inatingível para os seres humanos.
Opressão e Desespero
- Salmos 143:3-4
O salmista descreve a opressão que sofre de seus inimigos. Ele se sente abatido e desanimado, como se estivesse nas trevas da morte.
Recordação da Fidelidade de Deus
- Salmos 143:5
O salmista encontra consolo ao lembrar das obras de Deus no passado. Ele medita nos atos poderosos de Deus e na bondade que Ele mostrou ao seu povo.
Súplica por Revitalização e Orientação
- Salmos 143:6-8
O salmista anseia por Deus como uma terra sedenta anseia por água. Ele implora que Deus o revitalize e o guie em meio às suas provações.## O Clamor do Oprimido: Um Apelo por Justiça
“Não Entres em Julgamento com Teu Servo” (Salmos 143:2)
O salmista reconhece sua própria insuficiência diante de Deus, sabendo que nenhum ser humano é justo diante Dele. Ele implora que Deus não o julgue com rigor, pois se o fizer, ninguém poderá ser encontrado justo. Esta súplica destaca a profunda consciência do salmista sobre sua natureza pecaminosa e a necessidade de misericórdia.
“O Inimigo Me Perseguiu” (Salmos 143:3)
O salmista descreve a perseguição implacável que sofreu, que o levou ao desespero. Ele sente como se fosse um homem morto, pisoteado na escuridão. Seu espírito está angustiado, e seu coração está desolado. Ele clama a Deus por libertação desta opressão.
“Lembro-me dos Dias Antigos” (Salmos 143:5)
Em meio à sua angústia, o salmista encontra consolo em recordar as obras passadas de Deus. Ele medita sobre os feitos e maravilhas de Deus, buscando força e esperança em sua fidelidade. Este ato de memória serve como um lembrete de que mesmo nos momentos mais sombrios, Deus continua sendo fiel ao Seu povo.
“Ouve-me, Senhor” (Salmos 143:7)
O salmista implora a Deus por uma resposta rápida, pois seu espírito está desfalecendo. Ele teme se tornar como aqueles que desceram à sepultura. Ele anseia por ouvir a voz de Deus, trazendo-lhe conforto e orientação. Ele também pede para que Deus não esconda Sua face, pois isso o levaria a um estado de desespero.## O clamor do perseguido (Salmos 143:3-4)
O salmista descreve a dura perseguição que sofre. Seus inimigos o atropelam até o chão (v. 3), deixando-o vulnerável e desamparado. Ele é forçado a habitar nas trevas (v. 3), uma metáfora para sua profunda angústia e desespero. Como aqueles que há muito morreram, ele sente que sua esperança se esvaiu.
O desespero do salmista é ainda mais evidente em sua declaração: “Meu espírito se angustia em mim; meu coração está desolado” (v. 4). Sua alma está atormentada pela dor e pela ansiedade. A perseguição o levou a um estado de desolação, onde ele mal consegue encontrar forças para continuar.
Recordação e reflexão (Salmos 143:5)
Em meio à sua angústia, o salmista encontra conforto em recordar os dias antigos. Ele medita nas obras de Deus e considera todos os seus feitos (v. 5). Ao refletir sobre a fidelidade e bondade de Deus no passado, ele encontra esperança para o presente.
Essa recordação fortalece a fé do salmista e o ajuda a se apegar a Deus durante os momentos de dificuldade. Ele sabe que Deus é um Deus de justiça e misericórdia, e isso o encoraja a perseverar em sua oração.