As fantasias inconscientes desempenham um papel fundamental na formação da personalidade e no funcionamento mental. Neste trabalho, iremos explorar o tema das fantasias inconscientes e a importância de compreender seu impacto em nossa mente. Baseado em estudos de Melanie Klein e outros teóricos psicanalíticos, analisaremos o significado das fantasias, sua função na formação psíquica e sua relação com o desenvolvimento infantil.

Principais conclusões

• As fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos e desempenham um papel fundamental na formação da personalidade.
• Elas realizam desejos, negam fatos dolorosos, proporcionam segurança, exercem controle e promovem reparação.
• As fantasias inconscientes estão presentes desde o nascimento e são influenciadas por fatores biológicos e ambientais.
• A compreensão das fantasias inconscientes é essencial para a prática clínica na psicanalise, auxiliando no processo terapêutico.
• Outros teóricos, como D. Winnicott e Wilfred Bion, também contribuíram para a compreensão do inconsciente, enfatizando a criatividade e a exploração do desconhecido.

O que são fantasias inconscientes?

As fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos e têm uma função crucial no processamento de nossos desejos e emoções. Segundo Melanie Klein e outros teóricos psicanalíticos, essas fantasias desempenham um papel fundamental na formação da personalidade e no funcionamento mental.

De acordo com Klein, as fantasias inconscientes estão presentes desde o nascimento e são influenciadas por fatores biológicos e ambientais. Elas são utilizadas para realizar desejos, negar fatos dolorosos, proporcionar segurança diante de coisas assustadoras, exercer controle onipotente e buscar reparação.

Além disso, as fantasias inconscientes estão diretamente relacionadas às relações objetais primitivas. Essas relações são estabelecidas durante os primeiros estágios do desenvolvimento infantil e influenciam o funcionamento das fantasias. Segundo a teoria de Melanie Klein, a posição esquizo-paranóide e a posição depressiva são períodos normais do desenvolvimento infantil que moldam as fantasias inconscientes.

O papel das fantasias inconscientes na formação psíquica

As fantasias inconscientes desempenham um papel primordial na formação psíquica e no funcionamento mental. Elas moldam nossa personalidade, influenciam nossas emoções e comportamentos. A compreensão dessas fantasias é essencial na prática clínica, especialmente na psicanalise, onde podem guiar o processo terapêutico.

Outros teóricos, como D. Winnicott e Wilfred Bion, também contribuíram para a compreensão do inconsciente. Eles enfatizam a importância da criatividade e da exploração do desconhecido na compreensão das fantasias inconscientes. Essa compreensão permite acessar aspectos ocultos do nosso inconsciente, promovendo a transformação pessoal e o autoconhecimento.

A análise das fantasias inconscientes na prática clínica é uma ferramenta poderosa para promover a compreensão e a transformação do paciente. Ao interpretar e trabalhar com essas fantasias, os terapeutas ajudam os indivíduos a acessar partes profundas de sua psique, trazendo à luz conteúdos inconscientes e auxiliando na resolução de conflitos internos.

Fantasias inconscientes e relações objetais primitivas

Através da análise das fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas, podemos acessar aspectos profundos do nosso inconsciente. Melanie Klein, uma renomada psicanalista austríaca, desenvolveu uma teoria que destaca a importância dessas fantasias no desenvolvimento infantil e na formação da personalidade. Ela acreditava que as fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos libidinais e agressivos, desempenhando um papel crucial em nossa vida mental.

Klein utilizava a brincadeira como uma forma de acesso ao inconsciente da criança, permitindo a expressão e compreensão de suas fantasias mais profundas. Ela identificou dois períodos normais do desenvolvimento infantil que influenciam o funcionamento dessas fantasias: a posição esquizo-paranóide e a posição depressiva. Esses períodos representam diferentes formas de relacionamento com o mundo e estão associados a fantasias específicas.

Outros teóricos, como D. Winnicott e Wilfred Bion, também contribuíram para a compreensão das fantasias inconscientes. Eles enfatizaram a importância da criatividade e da exploração do desconhecido na compreensão do inconsciente. Essas perspectivas ampliaram nosso entendimento das fantasias e nos ajudaram a perceber que elas desempenham um papel central na formação psíquica e no funcionamento mental.

Explorando as fantasias inconscientes nas relações objetais primitivas

A análise das fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas nos proporciona uma visão única de nossa mente inconsciente. Durante os primeiros estágios do desenvolvimento, a criança projeta suas fantasias e emoções nos cuidadores primários, criando uma representação interna dessas relações. Essas representações internas influenciam nossos relacionamentos posteriores e moldam nossa forma de perceber o mundo.

As fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas podem ser exploradas através de técnicas terapêuticas como a interpretação e a análise psicológica. Ao compreender essas fantasias, podemos obter insights valiosos sobre nós mesmos e sobre os padrões repetitivos inconscientes que governam nosso comportamento e nossas reações emocionais.

As fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas desempenham um papel fundamental em nossa vida mental. Ao explorá-las, podemos desvendar aspectos profundos do nosso inconsciente e trabalhar para uma maior compreensão de nós mesmos e de nossos relacionamentos.

A função das fantasias na mente

As fantasias inconscientes têm diversas funções na mente, desde a realização de desejos até a negação de fatos dolorosos. Elas são representações psíquicas dos instintos e desempenham um papel fundamental na formação da personalidade. Melanie Klein, renomada psicanalista, explorou as fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas, utilizando a brincadeira como forma de acesso ao inconsciente da criança.

Nesse contexto, as fantasias inconscientes realizam a função de realizar desejos. Através delas, podemos expressar nossas vontades mais íntimas, mesmo que sejam inaceitáveis ou irreais. A negação de fatos dolorosos também é uma função importante das fantasias. Elas nos permitem escapar da realidade e criar uma narrativa que nos protege do sofrimento psíquico. Além disso, as fantasias inconscientes oferecem segurança diante de coisas assustadoras, nos proporcionando uma sensação de controle onipotente e de reparação.

É importante ressaltar que as fantasias inconscientes estão presentes desde o nascimento e são influenciadas por fatores biológicos e ambientais. Melanie Klein também introduziu a teoria da posição esquizo-paranóide e posição depressiva, que são períodos normais do desenvolvimento infantil e que influenciam o funcionamento das fantasias inconscientes. Outros teóricos, como D. Winnicott e Wilfred Bion, também contribuíram para a compreensão do inconsciente, enfatizando a importância da criatividade e da capacidade de explorar o desconhecido.

Em resumo, as fantasias inconscientes desempenham um papel primordial na formação psíquica e no funcionamento mental. Sua compreensão é essencial para a prática clínica na psicanalise, pois permite ao terapeuta interpretar e trabalhar com essas fantasias, promovendo a compreensão e transformação do paciente.

A relação entre fantasias inconscientes e o desenvolvimento infantil

Desde o nascimento, as fantasias inconscientes desempenham um papel importante no desenvolvimento infantil, sendo influenciadas por fatores biológicos e ambientais. Melanie Klein, renomada psicanalista austríaca, explorou a presença dessas fantasias em seu trabalho e desenvolveu a teoria das posições esquizo-paranóide e depressiva como estágios normais do desenvolvimento.

As fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos, sejam eles libidinais ou agressivos, e desempenham um papel fundamental na formação da personalidade. Durante a infância, as crianças projetam suas fantasias nos objetos externos, como forma de compreender o mundo ao seu redor. Essas fantasias são influenciadas por fatores biológicos, como predisposições inatas, e por fatores ambientais, como as experiências vivenciadas na relação com os cuidadores e o ambiente familiar.

Na teoria de Melanie Klein, as fantasias inconscientes estão presentes desde o nascimento e são expressas por meio das relações objetais primitivas. Ela enfatiza a importância do jogo e da brincadeira como formas de acessar o inconsciente da criança e compreender suas fantasias. Ao explorar essas fantasias, é possível identificar como a criança lida com os desejos e impulsos agressivos, bem como como ela busca segurança e controle em seu mundo interno.

Em resumo, a compreensão das fantasias inconscientes e sua relação com o desenvolvimento infantil nos permite entender como as crianças constroem sua personalidade e como lidam com seus sentimentos e desejos. Esse conhecimento é essencial para a prática clínica na psicanalise, pois nos ajuda a compreender o mundo interno dos pacientes e a promover a transformação terapêutica.

Contribuições de outros teóricos para o entendimento das fantasias inconscientes

Além de Melanie Klein, outros teóricos como D. Winnicott e Wilfred Bion também contribuíram para a compreensão das fantasias inconscientes. Cada um deles trouxe perspectivas únicas sobre o funcionamento do inconsciente e como as fantasias se manifestam em nossas vidas.

D. Winnicott, renomado pediatra e psicanalista britânico, destacou a importância da criatividade e da exploração do desconhecido na compreensão das fantasias inconscientes. Ele enfatizou a importância do brincar na infância como uma forma de expressão das fantasias e como uma maneira de a criança lidar com os conflitos internos.

Wilfred Bion, psiquiatra e psicanalista britânico, desenvolveu a teoria da “função alfa” e “função beta”, que descreve o processo de transformação das experiências emocionais em pensamentos e fantasias. Ele acreditava que a capacidade de simbolizar e pensar sobre nossas experiências era fundamental para o desenvolvimento saudável e para o entendimento das fantasias inconscientes.

A importância da criatividade e da exploração do desconhecido

Ao estudarmos as contribuições de teóricos como D. Winnicott e Wilfred Bion, podemos perceber a importância da criatividade e da exploração do desconhecido na compreensão das fantasias inconscientes. Essas abordagens nos lembram que as fantasias não são apenas representações estáticas da nossa psique, mas sim manifestações de nossos desejos, medos e conflitos internos, que estão em constante evolução.

Ao explorarmos diferentes abordagens teóricas, ampliamos nosso entendimento das fantasias inconscientes e somos capazes de ter uma visão mais abrangente do funcionamento da mente. Essas contribuições nos auxiliam na prática clínica e na compreensão dos processos terapêuticos, permitindo-nos ajudar os pacientes a explorar suas fantasias inconscientes e a promover transformações saudáveis em suas vidas.

O papel das fantasias inconscientes na formação psíquica

As fantasias inconscientes desempenham um papel primordial na formação psíquica, moldando nossa personalidade e influenciando nosso comportamento. De acordo com os estudos de Melanie Klein e de outros teóricos psicanalíticos, as fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos, sejam eles libidinais ou agressivos. Elas desempenham um papel fundamental na maneira como nos relacionamos com o mundo e com nós mesmos.

Uma das principais contribuições de Melanie Klein foi a exploração das fantasias inconscientes nas relações objetais primitivas. Ela observou que as fantasias estão presentes desde o nascimento e são influenciadas por fatores biológicos e ambientais. Klein também introduziu a teoria da posição esquizo-paranóide e posição depressiva como períodos normais do desenvolvimento infantil, que influenciam o funcionamento das fantasias inconscientes.

Além de Melanie Klein, outros teóricos como D. Winnicott e Wilfred Bion também contribuíram para a compreensão do inconsciente. Eles enfatizaram a importância da criatividade e da exploração do desconhecido na compreensão das fantasias inconscientes. Esses teóricos mostraram como as fantasias influenciam nossa forma de pensar, sentir e agir, e como podemos trabalhar com elas para promover a compreensão e a transformação em um contexto clínico, como na psicanalise.

A importância da compreensão das fantasias inconscientes

A compreensão das fantasias inconscientes é essencial para a prática clínica na psicanalise. Ao interpretar e trabalhar com as fantasias inconscientes, os terapeutas podem ajudar os pacientes a acessar aspectos ocultos de si mesmos, promovendo uma maior compreensão de seus processos mentais e emocionais. Isso possibilita uma reflexão mais profunda sobre as motivações e padrões de comportamento que podem estar causando sofrimento ou dificuldades na vida do paciente.

Em resumo, as fantasias inconscientes desempenham um papel fundamental na formação psíquica e no funcionamento mental. Sua compreensão nos permite explorar os aspectos mais profundos do nosso ser, ajudando-nos a compreender e transformar padrões de pensamento e comportamento que podem estar limitando nosso crescimento pessoal.

A importância de compreender as fantasias inconscientes na prática clínica

A compreensão das fantasias inconscientes é essencial para a prática clínica na psicanalise, permitindo uma melhor compreensão do paciente e orientando o processo terapêutico. Melanie Klein, uma importante psicanalista, desenvolveu uma teoria psicanalítica que enfatizava a agressividade como um aspecto central no desenvolvimento infantil. Ela explorou as fantasias inconscientes presentes nas relações objetais primitivas, utilizando a brincadeira como forma de acesso ao inconsciente da criança.

As fantasias inconscientes são consideradas como representações psíquicas dos instintos, sejam eles libidinais ou agressivos, e desempenham um papel fundamental na formação da personalidade. Elas realizam desejos, negam fatos dolorosos, proporcionam segurança diante de coisas assustadoras, exercem controle onipotente e buscam reparação. Além disso, as fantasias estão presentes desde o nascimento e sofrem influência de fatores biológicos e ambientais.

A compreensão do paciente através das fantasias inconscientes

Para o terapeuta, compreender as fantasias inconscientes do paciente é um elemento crucial para a prática clínica. As fantasias podem revelar aspectos ocultos da mente, fornecendo importantes insights sobre os pensamentos, emoções e comportamentos do indivíduo. Ao explorar essas fantasias, o terapeuta pode ajudar o paciente a trazer à tona conteúdos que estão fora do seu conhecimento consciente, promovendo uma compreensão mais profunda de si mesmo.

Orientando o processo terapêutico

A compreensão das fantasias inconscientes também orienta o processo terapêutico, proporcionando uma direção para o trabalho do terapeuta. Ao identificar as fantasias que estão influenciando a vida do paciente, o terapeuta pode trabalhar com esses conteúdos de maneira adequada, promovendo a sua transformação e a busca por uma vida mais saudável e equilibrada.

Como lidar com as fantasias inconscientes

Lidar com as fantasias inconscientes pode ser desafiador, mas a conscientização e o trabalho terapêutico podem auxiliar nesse processo. Ao nos tornarmos conscientes das nossas fantasias inconscientes, podemos começar a explorar e compreender melhor os padrões e os desejos ocultos que influenciam nossos pensamentos, emoções e comportamentos.

Um dos passos importantes no processo de lidar com as fantasias inconscientes é buscar a ajuda de um profissional qualificado, como um psicanalista. O psicanalista pode oferecer um ambiente seguro onde podemos explorar nossas fantasias e suas origens, usando técnicas terapêuticas como a livre associação e a interpretação dos sonhos.

Além disso, a prática da auto-reflexão e da autoconsciência também pode ser útil. Podemos iniciar esse processo observando nossas reações emocionais e comportamentais em determinadas situações e tentando identificar as fantasias inconscientes por trás delas. Isso nos ajuda a reconhecer padrões repetitivos e a entender como nossas fantasias moldam nossas percepções e respostas.

Como lidar com fantasias inconscientes:

• Buscar a ajuda de um profissional qualificado, como um psicanalista;
• Praticar a auto-reflexão e a autoconsciência;
• Explorar as origens e os padrões das fantasias inconscientes;
• Usar técnicas terapêuticas como a livre associação e a interpretação dos sonhos;
• Observar reações emocionais e comportamentais em situações específicas;
• Identificar padrões repetitivos e compreender como as fantasias influenciam nossas percepções e respostas.

Em resumo, ao lidar com as fantasias inconscientes, é importante buscar a ajuda de um profissional qualificado e praticar a auto-reflexão e a autoconsciência. Ao explorar as origens e os padrões das fantasias, podemos desenvolver uma compreensão mais profunda de nós mesmos e trabalhar em direção à transformação e ao crescimento pessoal.

O significado das fantasias inconscientes na vida mental

As fantasias inconscientes possuem um significado profundo em nossa vida mental, influenciando nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Com base nos estudos de Melanie Klein e de outros teóricos psicanalíticos, compreendemos que as fantasias inconscientes são representações psíquicas dos instintos, sejam eles libidinais ou agressivos. Elas desempenham um papel fundamental na formação da nossa personalidade e nos processos mentais que ocorrem em nosso interior.

Uma das principais atividades das fantasias inconscientes é a realização de desejos. Elas nos permitem explorar cenários e situações que não são possíveis na realidade, proporcionando uma forma de escape e satisfação para nossas necessidades emocionais. Além disso, as fantasias inconscientes podem nos ajudar a negar fatos dolorosos, protegendo-nos do sofrimento psíquico que eles podem causar.

Outra função importante das fantasias é a busca por segurança diante de coisas assustadoras. Elas nos permitem criar um mundo interno onde nos sentimos protegidos e no controle. Através das fantasias, podemos nos sentir poderosos e onipotentes, capazes de enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresente.

Por fim, as fantasias inconscientes também desempenham um papel de reparação em nossa vida mental. Elas nos permitem revisitar experiências traumáticas do passado e encontrar formas de lidar com elas de maneira mais saudável. Ao recriar essas situações em nossa mente, podemos buscar um sentido de resolução e cura, contribuindo para o nosso bem-estar emocional.

Em resumo, as fantasias inconscientes são elementos essenciais para o funcionamento da nossa vida mental. Elas influenciam nossos pensamentos, emoções e comportamentos, permitindo-nos explorar nossos desejos e enfrentar os desafios emocionais que encontramos ao longo do caminho. Compreender o significado dessas fantasias é fundamental para a prática clínica na psicanalisee para o nosso próprio processo de autoconhecimento.

O papel dos sonhos na manifestação das fantasias inconscientes

Os sonhos desempenham um papel importante na manifestação e compreensão das fantasias inconscientes, revelando aspectos ocultos do nosso inconsciente. Segundo Melanie Klein e outros teóricos psicanalíticos, os sonhos são uma forma de expressão das fantasias que residem em nosso inconsciente, proporcionando um acesso direto a essas representações psíquicas.

Quando estamos sonhando, muitas vezes somos levados a um mundo simbólico e imaginativo, onde as barreiras da realidade são rompidas. Nesse estado, as fantasias inconscientes emergem e se manifestam de maneira simbólica, revelando desejos reprimidos, medos profundos e resoluções simbólicas de conflitos internos.

Os sonhos nos permitem explorar aspectos emocionais que podem estar ocultos no nosso dia a dia consciente. Através da análise dos sonhos, é possível desvendar significados simbólicos, identificar padrões recorrentes e compreender melhor nossos pensamentos e emoções inconscientes.

A relação entre sonhos e fantasias inconscientes

Os sonhos são uma forma de expressão das fantasias inconscientes, onde os elementos latentes se manifestam em imagens simbólicas. De acordo com a teoria psicanalítica, o conteúdo manifesto do sonho é uma representação simbólica do conteúdo latente das fantasias inconscientes.

Por exemplo, um sonho recorrente de estar sendo perseguido por um monstro pode representar a manifestação de uma fantasia inconsciente de medo e vulnerabilidade. Outro exemplo seria um sonho no qual uma pessoa amada se transforma em um objeto inanimado, refletindo uma fantasia de perda ou abandono inconsciente.

Em resumo, os sonhos desempenham um papel essencial na manifestação e compreensão das fantasias inconscientes. Ao explorar os aspectos simbólicos e ocultos presentes nos sonhos, podemos obter insights valiosos sobre nosso mundo interior e promover um maior entendimento de nossa vida mental.

A análise das fantasias inconscientes na prática clínica

A análise das fantasias inconscientes é uma ferramenta essencial na prática clínica, permitindo uma maior compreensão do paciente e promovendo a transformação pessoal. Quando trabalhamos com pacientes, é crucial explorar e interpretar as fantasias inconscientes presentes em sua psique, pois elas revelam aspectos profundos de sua vida mental e emocional.

Utilizando métodos como a interpretação dos sonhos, a análise das associações livres e a observação das fantasias manifestadas durante as sessões, os terapeutas podem desvendar os desejos ocultos, os medos reprimidos e as feridas emocionais que influenciam o comportamento e os padrões de pensamento do paciente.

Além disso, a análise das fantasias inconscientes auxilia na identificação de padrões destrutivos e defesas psicológicas que podem estar prejudicando a vida do paciente. Ao trazer à consciência essas fantasias e seu significado simbólico, o paciente pode desenvolver uma nova perspectiva sobre si mesmo e suas relações, capacitando-se para fazer escolhas mais conscientes e saudáveis.

Por fim, a análise das fantasias inconscientes na prática clínica também permite que o terapeuta explore a relação transferencial e contratransferencial, compreendendo como as fantasias inconscientes dos dois participantes podem influenciar o processo terapêutico. Ao abordar essas dinâmicas de maneira cuidadosa e colaborativa, é possível estabelecer uma relação terapêutica mais autêntica e facilitar a transformação pessoal do paciente.

Outros aspectos das fantasias inconscientes a serem considerados

Além dos aspectos já discutidos, existem outros elementos das fantasias inconscientes que merecem atenção, como suas influências culturais e sociais. As fantasias estão intrinsecamente ligadas ao ambiente em que vivemos e às normas culturais que nos cercam. Elas são moldadas e influenciadas por fatores como valores, crenças, costumes e expectativas sociais.

Essas influências culturais podem variar amplamente de uma sociedade para outra, resultando em diferentes tipos de fantasias que são aceitas ou rejeitadas. Por exemplo, em algumas culturas, as fantasias relacionadas à sexualidade podem ser amplamente aceitas e até mesmo incentivadas, enquanto em outras são consideradas tabu ou até mesmo proibidas. Essas diferenças culturais têm um impacto significativo na forma como as pessoas experimentam e expressam suas fantasias inconscientes.

Além das influências culturais, as fantasias inconscientes também são moldadas pelo ambiente social em que vivemos. Nossas interações cotidianas, relacionamentos e experiências sociais contribuem para a estruturação e conteúdo de nossas fantasias. Por exemplo, as fantasias inconscientes que envolvem relacionamentos interpessoais podem ser influenciadas pelas experiências e dinâmicas familiares, amizades, relacionamentos românticos e até mesmo pelos meios de comunicação e entretenimento.

É importante ter em mente que as fantasias inconscientes não devem ser entendidas como verdades absolutas ou reflexos diretos da realidade. Elas são manifestações simbólicas e subjetivas do nosso mundo interior, que refletem nossos desejos, medos, conflitos e aspirações. Ao considerar as influências culturais e sociais nas fantasias inconscientes, podemos obter uma compreensão mais ampla e contextualizada dessas manifestações psíquicas complexas.

Ao considerar todas essas influências, podemos perceber que as fantasias inconscientes são uma parte intrínseca e complexa da nossa vida mental. Elas são produtos da interação entre nossa biologia, ambiente e cultura, e desempenham um papel fundamental na formação da nossa identidade e na maneira como percebemos e nos relacionamos com o mundo.

Conclusão

As fantasias inconscientes desempenham um papel essencial na formação psíquica e no funcionamento mental, tendo um impacto significativo em nossa vida. Com base nos estudos de Melanie Klein e de outros teóricos psicanalíticos, compreendemos que as fantasias inconscientes são representações psíquicas dos nossos instintos e desejos, sejam eles libidinais ou agressivos.

Essas fantasias desempenham diversas atividades fundamentais em nossa mente, como a realização de desejos, a negação de fatos dolorosos, a sensação de segurança diante de coisas assustadoras, o exercício de controle e a busca por reparação. Elas estão presentes desde o nascimento e são influenciadas por fatores biológicos e ambientais, moldando o nosso mundo interior.

A compreensão das fantasias inconscientes é especialmente importante na prática clínica, como na psicanalise, onde elas podem ser interpretadas e trabalhadas para promover a compreensão e transformação do paciente. Além disso, estratégias como a conscientização e o trabalho terapêutico podem auxiliar no processo de lidar com as fantasias inconscientes, para que possamos compreendê-las e processá-las de maneira saudável.

Em resumo, as fantasias inconscientes são elementos essenciais em nossa vida mental, influenciando nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Ao compreendermos e trabalharmos com essas fantasias, podemos explorar aspectos ocultos de nosso inconsciente, promover a saúde mental e alcançar uma maior compreensão de nós mesmos.

Links de Fontes

• https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/28806/1/PEDRO ERNESTO DE SOUZA SANG – TCC.pdf
• https://www.apsicanalise.com/index.php/blog/121-artigos/894-o-inconsciente-e-suas-multiplas-faces
• http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-432X2007000200005