Sugestão: Um desenho simbólico, como a famosa ilustração das fases do desenvolvimento psicossexual propostas por Freud (oral, anal, fálica, latência e genital).
2- TEORIA DA SEXUALIDADE
A teoria da sexualidade, central na psicanalisede Freud, provocou tanto fascínio quanto controvérsia ao longo dos anos. Essa teoria propõe que a sexualidade humana não começa na adolescência, como se pensava anteriormente, mas sim nos primeiros estágios da vida. Os impulsos e desejos sexuais, de acordo com Freud, moldam nosso desenvolvimento desde o início.
Os estágios do desenvolvimento sexual, conforme postulados por Freud, são fases consecutivas que começam no nascimento e se estendem até a idade adulta. O estágio oral, que ocorre nos primeiros meses de vida, é dominado pela boca como principal zona erógena. Neste período, o prazer é obtido principalmente pela sucção e mordida.
Em seguida, vem o estágio anal, que coincide com a fase em que a criança está sendo treinada para usar o banheiro. O prazer, aqui, é derivado da retenção e expulsão das fezes. Essa fase também é crucial para o desenvolvimento da noção de controle e autonomia.
O estágio fálico, que ocorre por volta dos três aos seis anos, é talvez o mais controverso. Nesta fase, os órgãos genitais se tornam a principal fonte de prazer e é também quando ocorre o Complexo de Édipo. Este complexo descreve o conflito infantil de desejos amorosos pelo genitor do sexo oposto e sentimentos de rivalidade com o genitor do mesmo sexo.
Após essa fase tumultuada, entra o período de latência. Durante este tempo, os impulsos sexuais estão adormecidos, permitindo que a criança se concentre em outras atividades e aprendizados. No entanto, tudo isso muda com a chegada da adolescência, quando o estágio genital começa, marcando o ressurgimento dos interesses sexuais que agora se movem em direção a relações heterossexuais.
Mas, o que alimenta esses impulsos e desejos? Para Freud, é a libido. Esta força vital, energética, move-se através de diferentes zonas erógenas conforme os estágios progridem. A libido é fluida e pode ser direcionada de muitas maneiras, não apenas no sentido sexual.
E quando falamos de sexualidade, é impossível não tocar no tema das perversões e fetichismos. Para a psicanalise, esses comportamentos são manifestações de desejos reprimidos. Ao invés de serem vistos estritamente como desvios, são entendidos como pontos ao longo de um espectro de expressão sexual.
Ainda mais intrigante é o papel da fantasia na teoria da sexualidade. Para Freud, a fantasia não é apenas um escape, mas uma parte integrante da realidade psíquica. Através da fantasia, o desejo se expressa e, muitas vezes, serve como uma ponte entre o que é reprimido e o que é conscientemente reconhecido.
Ao explorar o intricado mundo da sexualidade, Freud não apenas desvendou os mistérios da mente humana, mas também provocou uma revolução na forma como entendemos a nós mesmos. Seus insights, embora às vezes polêmicos, lançaram as bases para as discussões contemporâneas sobre gênero, identidade e expressão sexual.
Assim, a teoria da sexualidade, embora centenária, permanece surpreendentemente relevante. Ela nos desafia a olhar além das convenções e a reconhecer a complexidade da experiência humana. E, acima de tudo, nos lembra da intrincada dança entre desejo, realidade e fantasia que define a jornada humana.