1 Como a corça anseia pelas correntes de água,
assim minha alma anseia por ti, ó Deus.
2 Tenho sede de Deus, do Deus vivo;
quando poderei estar na presença dele?
3 Dia e noite, as lágrimas têm sido meu alimento,
enquanto zombam de mim o tempo todo,
dizendo: “Onde está o seu Deus?”.
4 Meu coração se enche de tristeza,
pois me lembro de como eu andava com a multidão de adoradores,
à frente do cortejo que subia até a casa de Deus,
cantando de alegria e dando graças,
em meio aos sons de uma grande festa.
5 Por que você está tão abatida, ó minha alma?
Por que está tão triste?
Espere em Deus!
Ainda voltarei a louvá-lo,
meu Salvador e 6 meu Deus!
Agora estou profundamente abatido,
mas me lembro de ti,
desde o distante monte Hermom, onde nasce o Jordão,
desde a terra do monte Mizar.
7 Ouço o tumulto do mar revolto,
enquanto suas ondas e correntezas passam sobre mim.
8 Durante o dia, porém, o Senhor me derrama seu amor,
e à noite entoo seus cânticos
e faço orações ao Deus que me dá vida.
9 Clamo: “Ó Deus, minha rocha,
por que te esqueceste de mim?
Por que tenho de andar entristecido,
oprimido por meus inimigos?”.
10 Os insultos deles me quebram os ossos;
zombam de mim o tempo todo,
dizendo: “Onde está o seu Deus?”.
11 Por que você está tão abatida, ó minha alma?
Por que está tão triste?
Espere em Deus!
Ainda voltarei a louvá-lo,
meu Salvador e meu Deus!
Salmos
O Anseio da Alma por Deus
“Como a corça anseia pelas correntes de água, assim minha alma anseia por ti, ó Deus” (Salmos 42:1)
O salmista expressa um profundo anseio pela presença de Deus, comparando seu desejo à sede intensa de uma corça por água. A alma do salmista clama pela proximidade e comunhão com o divino, um anseio que transcende todas as necessidades físicas.
A Presença Viva de Deus
“Tenho sede de Deus, do Deus vivo; quando poderei estar na presença dele?” (Salmos 42:2)
A sede mencionada pelo salmista é de natureza espiritual, um desejo ardente de experimentar a presença viva e vivificante de Deus. Ele anseia por um estado de união com o divino, onde sua alma possa se saciar com a plenitude do amor e da graça.
Tristeza e Zombaria
“Dia e noite, as lágrimas têm sido meu alimento, enquanto zombam de mim o tempo todo, dizendo: ‘Onde está o seu Deus?'” (Salmos 42:3)
A busca do salmista pela presença de Deus é atormentada por tristeza e zombaria. Suas lágrimas são constantes como seu anseio, enquanto os céticos questionam sua fé. Essas palavras ecoam o sofrimento daqueles que enfrentam dúvidas e perseguições por causa de suas crenças.
Memórias de Adoração
“Meu coração se enche de tristeza, pois me lembro de como eu andava com a multidão de adoradores, à frente do cortejo que subia até a casa de Deus, cantando de alegria e dando graças, em meio aos sons de uma grande festa” (Salmos 42:4)
O salmista contrasta seus tempos de profunda tristeza com memórias de alegria e celebração na casa de Deus. Essas lembranças intensificam seu anseio pela presença divina, evocando um sentimento de perda e um desejo de retornar à comunhão anterior.## A ânsia da alma por Deus (Salmos 42:1-2)
Versículo 1: “Como a corça anseia pelas correntes de água, assim minha alma anseia por ti, ó Deus.”
A imagem vívida da corça sedenta reflete o profundo desejo da alma por Deus. A sede é uma necessidade física que motiva ações intensas para encontrá-la. Da mesma forma, a alma humana anseia incessantemente pela presença de Deus, sua fonte de vida e satisfação.
Versículo 2: “Tenho sede de Deus, do Deus vivo; quando poderei estar na presença dele?”
O salmista expressa seu anseio pela presença de Deus, o Deus vivo. Ele reconhece que apenas em Deus ele encontra verdadeira realização. A sede da alma é uma busca ativa, um anseio que só pode ser saciado pela comunhão com Deus.
O lamento da alma (Salmos 42:3-5)
Versículo 3: “Dia e noite, as lágrimas têm sido meu alimento, enquanto zombam de mim o tempo todo, dizendo: ‘Onde está o seu Deus?'”
O salmista desaba em tristeza, alimentado por suas lágrimas constantes. Ele é atormentado por escarnecedores que questionam sua fé. O ridículo e a provocação aumentam sua angústia.
Versículo 4: “Meu coração se enche de tristeza, pois me lembro de como eu andava com a multidão de adoradores, à frente do cortejo que subia até a casa de Deus, cantando de alegria e dando graças, em meio aos sons de uma grande festa.”
Em contraste com sua aflição atual, o salmista se lembra de tempos de adoração e alegria em sua jornada espiritual. Ele anseia pelos dias em que podia expressar sua devoção a Deus livremente.
Versículo 5: “Por que você está tão abatida, ó minha alma? Por que está tão triste? Espere em Deus! Ainda voltarei a louvá-lo, meu Salvador e meu Deus!”
Apesar de sua dor, o salmista se exorta a esperar em Deus. Ele confia em que Deus é seu Salvador e Deus, que o libertará de sua aflição. Ele encontra esperança e conforto no meio de sua tristeza, acreditando que a alegria retornará.