Resenha Completa: Livro Os Instintos e suas Vicissitudes

O livro “Os Instintos e suas Vicissitudes” é uma obra escrita por Sigmund Freud em 1915. Nesta resenha completa, exploraremos as ideias centrais do livro, onde Freud discute o conceito de pulsão e suas características, como princípio de constância e princípio do prazer. Além disso, o autor analisa os componentes da pulsão e os possíveis destinos que ela pode seguir. Faremos uma análise profunda desta obra de psicologia e psicanalise, considerando a teoria psicanalítica de Freud.

Resumo - Conteúdo

Principais Pontos

  • Análise da teoria psicanalítica de Freud
  • Exploração do conceito de pulsão e suas características
  • Análise dos componentes da pulsão e seus destinos possíveis
  • Discussão sobre os princípios de constância e do prazer
  • Relevância do livro para o estudo da psicologia e psicanalise

O conceito de instinto segundo Freud

Segundo Freud, o conceito de instinto está relacionado à fisiologia e ao modelo do arco reflexo. Ele define um instinto como um estímulo aplicado à mente, mas ressalta que nem todo instinto é um estímulo mental, podendo também ser de caráter fisiológico. Freud discute as diferenças entre estímulos instintuais e estímulos fisiológicos, destacando que os primeiros têm origem dentro do organismo e atuam de forma constante, enquanto os últimos provêm do mundo exterior e podem ser evitados por meio de ação muscular. Essa distinção é fundamental para compreender a natureza dos instintos.

Conceito de instinto segundo Freud
Origem Dentro do organismo
Atuação Constante
Diferença em relação a estímulos fisiológicos Podem ser evitados por meio de ação muscular

Freud também destaca que os instintos são influenciados pelos princípios de constância e do prazer. O princípio de constância implica que os instintos buscam a diminuição do estímulo e a redução da tensão interna do organismo. Já o princípio do prazer leva os instintos a procurarem a satisfação imediata, evitando o desprazer. Esses princípios são fundamentais para a compreensão do funcionamento dos instintos e da vida mental.

Em sua teoria psicanalítica, Freud explorou amplamente o conceito de instinto e sua relação com a psicologia humana. Ele acreditava que os instintos são a base dos desejos e motivações humanas, influenciando o comportamento e os processos mentais. Com seu conceito de instinto, Freud contribuiu significativamente para a compreensão da natureza humana e para o desenvolvimento da psicanalise como uma teoria psicológica abrangente.

Características essenciais dos instintos

Os instintos têm características essenciais que são fundamentais para entender seu funcionamento na vida mental. De acordo com Sigmund Freud em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”, essas características incluem sua origem dentro do organismo, sua atuação constante e a impossibilidade de escapar deles. Os instintos surgem como necessidades no aparelho psíquico e exigem satisfação. Essa pressão instintual é o fator motor que representa a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho imposta pelos instintos.

O aparelho psíquico é regulado pelo princípio de constância e pelo princípio do prazer. O princípio de constância busca a redução do estímulo, enquanto o princípio do prazer busca a busca pelo prazer. A finalidade do instinto é sempre a satisfação, e essa satisfação só pode ser alcançada eliminando o estado de estimulação na fonte do instinto. Os instintos são componentes essenciais da vida psíquica e desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do indivíduo.

Para compreender melhor as características dos instintos, é relevante destacar que eles são diferentes dos estímulos fisiológicos, que têm origem no mundo exterior e podem ser evitados por meio de ação muscular. Os instintos, por sua vez, têm origem dentro do organismo e atuam de forma constante, exigindo satisfação. Essa constância e impossibilidade de escapar dos instintos são aspectos intrínsecos à natureza pulsional e têm grande influência na vida psíquica do indivíduo.

Características essenciais dos instintos:

  • Origem dentro do organismo
  • Atuação constante
  • Impossibilidade de escapar dos instintos

“Os instintos são necessidades que surgem no aparelho psíquico e exigem satisfação.”
Sigmund Freud

Compreender as características dos instintos é fundamental para a compreensão da vida mental e das motivações humanas. No próximo tópico, exploraremos os componentes da pulsão analisados por Freud em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”.

Os componentes da pulsão

Ao analisar a pulsão em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”, Freud identifica quatro componentes essenciais que compõem essa força motriz intrapsíquica. Esses componentes são fundamentais para compreender a dinâmica da pulsão e sua relação com a vida mental.

Primeiramente, temos a pressão, que representa a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que a pulsão impõe. A pressão é a energia que impulsiona a pulsão em direção à sua finalidade, buscando a satisfação e a diminuição do estado de estimulação. É através da pressão que a pulsão se manifesta e busca ser satisfeita.

Em segundo lugar, temos a finalidade da pulsão, que consiste na busca pela satisfação e pela eliminação do estado de estimulação na fonte da pulsão. A finalidade está relacionada ao princípio do prazer, que busca o bem-estar e a diminuição do desconforto. É a finalidade que orienta a ação da pulsão em direção à satisfação e ao alívio da tensão pulsional.

O terceiro componente é o objeto da pulsão, que representa a coisa em relação à qual ou através da qual a pulsão pode atingir sua finalidade. O objeto pode ser tanto interno, quando a pulsão se direciona para partes do próprio corpo, quanto externo, quando a pulsão se direciona para objetos ou pessoas fora do corpo. O objeto da pulsão é fundamental para a sua expressão e para a obtenção da satisfação.

Por fim, temos a fonte da pulsão, que corresponde ao processo somático que ocorre no órgão ou parte do corpo e cujo estímulo é representado na vida mental pela pulsão. A fonte é o ponto de origem da pulsão, sendo responsável pela geração da pressão que impulsiona a pulsão em direção à sua finalidade. É através da fonte que a pulsão encontra sua base biológica e se manifesta na vida mental.

Componentes da Pulsão Definição
Pressão Quantidade de força ou medida da exigência de trabalho da pulsão
Finalidade Busca pela satisfação e eliminação do estado de estimulação na fonte da pulsão
Objeto Coisa em relação à qual ou através da qual a pulsão pode atingir sua finalidade
Fonte Processo somático que ocorre no órgão ou parte do corpo representado na vida mental pela pulsão

Os Destinos Possíveis da Pulsão

Nesta seção, exploraremos os destinos possíveis da pulsão, como discutidos por Freud em “Os Instintos e suas Vicissitudes”. O autor analisa principalmente dois caminhos: a reversão a seu oposto e o retorno em direção ao próprio eu (self). A reversão de uma pulsão pode ocorrer por meio de uma mudança da atividade para a passividade ou por meio de uma mudança de conteúdo.

Um exemplo desse processo de reversão é o sadismo que se transforma em masoquismo. No caso do sadismo, há uma mudança da finalidade instintual ativa (torturar) para a finalidade instintual passiva (ser torturado). Além disso, Freud também menciona o retorno em direção ao próprio eu como um destino possível da pulsão. Ele argumenta que o masoquismo, na verdade, é o sadismo que retorna em direção ao próprio ego do indivíduo.

No entanto, é importante ressaltar que Freud deixa de lado a análise mais detalhada da repressão e da sublimação como destinos da pulsão neste livro. Esses dois processos são abordados em outros artigos subsequentes. A repressão envolve a negação ou supressão da pulsão, enquanto a sublimação direciona a energia pulsional para atividades socialmente aceitáveis. Ambos os destinos podem ter um impacto significativo na expressão da pulsão na vida psíquica.

Destinos da Pulsão Processos
Reversão a seu oposto Mudança da atividade para a passividade
Mudança de conteúdo
Retorno em direção ao próprio eu Masoquismo como retorno do sadismo ao ego
Exibicionismo como direcionamento da pulsão para o próprio eu
Repressão Negação ou supressão da pulsão
Sublimação Direcionamento da energia pulsional para atividades socialmente aceitáveis

A compreensão dos destinos possíveis da pulsão é fundamental para entender o funcionamento da vida psíquica e a expressão dos instintos. Esses destinos podem influenciar tanto o comportamento individual quanto as relações interpessoais. A análise de Freud oferece insights valiosos sobre a complexidade e a variedade dos caminhos que a pulsão pode seguir.

Reversão a seu oposto

Nesta seção, exploraremos em detalhes a reversão a seu oposto como um dos destinos possíveis da pulsão, conforme discutido por Freud em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”. A reversão de uma pulsão envolve uma mudança da atividade para a passividade, ou uma mudança de conteúdo, o que pode levar a novas finalidades instintuais.

Um exemplo de reversão a seu oposto é o sadismo-masoquismo. No sadismo, a finalidade instintual ativa de torturar é transformada em uma finalidade instintual passiva de ser torturado. Já o voyeurismo-exibicionismo representa a mudança da finalidade para uma parte do próprio corpo do sujeito, direcionando a pulsão para a passividade e estabelecendo uma nova finalidade: ser olhado.

Através desses exemplos, Freud ilustra como a reversão de uma pulsão pode ocorrer, mostrando a complexidade dos processos psíquicos envolvidos. É importante compreender que a reversão a seu oposto não é um fenômeno incomum, e sua análise contribui para a compreensão mais ampla dos instintos e da vida mental.

Exemplos de reversão a seu oposto Finalidade instintual Mudança de atividade para passividade
Sadismo Torturar Ser torturado
Masoquismo Ser torturado Torturar
Voyeurismo Observar Ser observado
Exibicionismo Ser observado Observar

Como podemos observar nesses exemplos, a reversão a seu oposto é um fenômeno psíquico que evidencia a complexidade e a fluidez dos instintos. Ao explorar essa dinâmica, Freud proporciona uma compreensão mais profunda da natureza dos instintos e de sua influência na vida mental.

Retorno em direção ao próprio eu (self)

O conceito de retorno em direção ao próprio eu, também conhecido como autoerotismo, é explorado por Freud em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”. Ele descreve como o masoquismo e o exibicionismo estão relacionados a esse fenômeno psíquico. No caso do masoquismo, Freud argumenta que é o sadismo que retorna em direção ao próprio ego do indivíduo. Ou seja, a pessoa encontra prazer em experimentar dor ou humilhação, não infligida por outra pessoa, mas autoimposta. Isso ocorre como uma forma de prazer derivada da satisfação pessoal de dominar a própria dor ou humilhação.

O exibicionismo, por sua vez, envolve o prazer em ser olhado e admirado pelo próprio corpo. A pessoa busca a satisfação da pulsão exibindo-se e despertando o interesse ou desejo do outro. Freud destaca que, nesse caso, a finalidade instintual permanece a mesma, mas a direção da pulsão muda, voltando-se para o próprio eu.

Esses processos fazem parte do complexo funcionamento da vida psíquica e estão relacionados ao desenvolvimento do ego e à formação da identidade. Freud também menciona a fixação no objeto e a fase preliminar do autoerotismo nesse contexto, ressaltando a importância desses estágios iniciais para a constituição do indivíduo. Em suma, o retorno em direção ao próprio eu é uma manifestação pulsional complexa que ocorre junto com a transformação da atividade em passividade.

Imagem ilustrativa relacionada ao conceito de retorno em direção ao próprio eu (self)

O amor e suas polaridades

O amor é um fenômeno complexo que pode ser caracterizado por uma série de polaridades. Em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”, Freud explora essas polaridades, destacando três opostos principais: amor/indiferença, amor/ódio e amar/ser amado. Essas polaridades estão intrinsecamente ligadas a três grandes polaridades que dominam a vida mental: sujeito (ego) e objeto (mundo externo), prazer e desprazer, e atividade e passividade.

A polaridade amor/indiferença reflete a ambivalência do amor, que pode oscilar entre o desejo intenso e a indiferença total. O amor/ódio representa a ambivalência ainda mais intensa, na qual existe uma ligação estreita entre emoções positivas e negativas em relação a uma pessoa ou objeto. Já a polaridade amar/ser amado envolve a questão da reciprocidade e da busca pelo amor mútuo.

Essas polaridades do amor estão presentes em todas as relações humanas e desempenham um papel fundamental na maneira como vivenciamos e expressamos nossos sentimentos. O amor pode variar ao longo do tempo, oscilando entre essas polaridades, e muitas vezes é influenciado por fatores como prazer e desprazer, bem como pela preservação do ego. Compreender essas polaridades é fundamental para uma análise mais profunda dos complexos mecanismos envolvidos no amor humano.

Polaridades do Amor
Amor/Indiferença
Amor/Ódio
Amar/Ser Amado

Considerações Finais

A análise das polaridades do amor proposta por Freud em “Os Instintos e suas Vicissitudes” nos permite compreender melhor a complexidade desse sentimento e as ambivalências que o cercam. As polaridades amor/indiferença, amor/ódio e amar/ser amado refletem a natureza multifacetada do amor humano e a interação entre diferentes aspectos da vida mental.

Compreender essas polaridades pode nos ajudar a reconhecer os conflitos e as tensões presentes nas relações amorosas, além de proporcionar uma visão mais profunda sobre as dinâmicas emocionais e psicológicas envolvidas. Através da análise dessas polaridades, podemos buscar uma maior compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.

No próximo trecho, mergulharemos no conceito de narcisismo e sua relação com a fase inicial do desenvolvimento do ego, explorando as ideias de Freud sobre esse tema fundamental na psicanalise.

Narcisismo e a fase inicial do desenvolvimento do ego

Ao explorar o conceito de narcisismo em “Os Instintos e suas Vicissitudes”, Freud destaca a importância dessa fase inicial no desenvolvimento do ego. O narcisismo é caracterizado pelo amor voltado para si mesmo e pela indiferença em relação ao mundo externo. Nessa fase, a criança se relaciona principalmente com suas próprias sensações e prazeres, estabelecendo uma relação especial consigo mesma.

Freud relaciona o narcisismo com a satisfação autoerótica dos instintos sexuais, que contribui para a formação do ego. Essa fase é fundamental para o desenvolvimento psíquico, pois é nesse processo que a criança começa a se perceber como um indivíduo separado do mundo externo. O narcisismo é uma forma de investimento libidinal direcionado para o próprio eu, e é por meio desse investimento que o ego se constitui.

A fase inicial do desenvolvimento do ego é marcada pela ilusão de onipotência, na qual a criança acredita que possui o poder de controlar o mundo ao seu redor. Essa ilusão é uma defesa contra a ansiedade e a sensação de impotência diante dos desafios da vida. À medida que o indivíduo amadurece, o narcisismo cede espaço para o investimento libidinal em objetos externos, como outras pessoas ou atividades.

O estudo do narcisismo e da fase inicial do desenvolvimento do ego nos permite compreender melhor o processo de formação da identidade e a relação entre o indivíduo e o mundo. O narcisismo desempenha um papel crucial na construção do ego e na busca pela satisfação dos instintos. É um aspecto fundamental da teoria psicanalítica de Freud, que nos ajuda a compreender a complexidade da vida mental e as influências que moldam nossa personalidade.

A ligação entre forma e função dos órgãos na atividade instintual

Nesta seção, exploraremos a relação entre a forma e a função dos órgãos na atividade instintual, como discutido por Sigmund Freud em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”. Freud destaca que a forma e a função dos órgãos desempenham um papel fundamental na determinação da natureza da finalidade instintual e se ela será expressa de maneira ativa ou passiva.

Os órgãos têm características específicas que influenciam a maneira como a finalidade instintual é manifestada. Se um determinado órgão possui uma estrutura que permite ações ativas, a finalidade instintual será manifestada através de comportamentos que envolvem ação e agressão. Por outro lado, se um órgão possui uma estrutura que favorece a passividade, a finalidade instintual será manifestada através de comportamentos que envolvem submissão e recepção.

É importante ressaltar que a ligação entre forma e função dos órgãos na atividade instintual não é fixa e pode variar de acordo com diferentes fatores, como a influência do ambiente e as experiências individuais. Freud enfatiza que a compreensão dessa relação é essencial para analisar a expressão dos instintos e a dinâmica psíquica envolvida.

Importância do estudo da relação entre forma e função dos órgãos

Compreender a ligação entre forma e função dos órgãos na atividade instintual tem repercussões significativas para a compreensão da vida mental e do comportamento humano. Ao analisar como os órgãos influenciam a manifestação dos instintos, podemos obter insights valiosos sobre as motivações e desejos das pessoas.

Além disso, a análise da relação entre forma e função dos órgãos pode contribuir para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes. Compreender como os instintos são expressos através dos órgãos pode ajudar os profissionais de saúde a identificar possíveis causas subjacentes de problemas psicológicos e encontrar formas adequadas de intervenção.

No próximo trecho, exploraremos a relação entre o sistema nervoso e a dominação de estímulos, continuando nossa análise do livro “Os Instintos e suas Vicissitudes” de Freud.

A relação entre o sistema nervoso e a dominação de estímulos

Freud explora em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes” a relação intrínseca entre o sistema nervoso e a dominação de estímulos. Ele argumenta que o sistema nervoso desempenha um papel fundamental na capacidade de lidar com os estímulos que chegam até ele, seja buscando eliminá-los ou reduzi-los ao mínimo possível. Essa capacidade de dominação dos estímulos é crucial para o funcionamento equilibrado da mente.

O autor destaca que a dominação de estímulos é especialmente desafiadora quando se trata dos estímulos instintuais. Diferentemente dos estímulos externos, os quais podemos evitar através de ações musculares, os estímulos instintuais têm origem dentro do organismo e agem constantemente, exigindo uma resposta adequada do sistema nervoso. Dessa forma, os instintos são as verdadeiras forças motrizes por trás dos progressos do sistema nervoso, desencadeando reações complexas para lidar com sua influência.

Estímulo Resposta do sistema nervoso
Estímulos externos Capacidade de evitar através de ações musculares
Estímulos instintuais Agem constantemente, exigindo uma resposta adequada do sistema nervoso

É importante ressaltar que os instintos não são apenas necessidades que surgem no aparelho psíquico, mas também estão relacionados aos processos somáticos que ocorrem no organismo. Essa interação entre o sistema nervoso e a dominação de estímulos instintuais é complexa e desafia o equilíbrio mental, mas é fundamental para o funcionamento saudável da mente humana.

Em suma, a relação entre o sistema nervoso e a dominação de estímulos é um tema central abordado por Freud em seu livro. Ele nos conduz a refletir sobre a importância da capacidade do sistema nervoso de lidar com os estímulos instintuais e destaca a influência desses estímulos como verdadeiras forças motrizes do progresso do sistema nervoso. A compreensão dessa relação contribui para uma melhor compreensão do funcionamento da mente humana e da influência dos instintos em nossa psique.

Pressão e finalidade da pulsão

A pressão da pulsão é um dos aspectos fundamentais para compreender o funcionamento da mente humana. Segundo Freud, a pressão representa a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que a pulsão impõe ao indivíduo. Ela está presente em todos os instintos e desempenha um papel essencial na manifestação da pulsão.

A finalidade da pulsão, por sua vez, é a busca pela satisfação e pela eliminação do estado de estimulação na fonte da pulsão. Freud destaca que a finalidade da pulsão só pode ser alcançada através da diminuição do estímulo que a origina. A pulsão busca constantemente reduzir a tensão interna que surge a partir desses estímulos, buscando o prazer e a satisfação.

A compreensão da pressão e da finalidade da pulsão é fundamental para entender a psicologia dos instintos e a teoria psicanalítica de Freud. Esses conceitos nos ajudam a compreender como os instintos influenciam a vida mental e como a busca pela satisfação instintual afeta o comportamento humano. Ao explorar esses aspectos, podemos obter insights valiosos sobre a natureza do ser humano e sobre a forma como nossos instintos moldam nossas experiências e emoções.

Aspectos Definição
Pressão da pulsão A quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que a pulsão impõe ao indivíduo.
Finalidade da pulsão A busca pela satisfação e pela eliminação do estado de estimulação na fonte da pulsão.

Os destinos possíveis da pulsão

Em seu livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”, Sigmund Freud explora os destinos que a pulsão pode seguir. Além da reversão a seu oposto e do retorno em direção ao próprio eu (self), Freud também discute a repressão e a sublimação como destinos da pulsão. Embora seja importante ressaltar que essa obra não se aprofunda na análise desses dois últimos destinos, eles desempenham papéis significativos no campo da psicanalise.

A repressão é um mecanismo de defesa que envolve a negação ou supressão da pulsão em resposta a conflitos ou situações traumáticas. O indivíduo reprime aquilo que é considerado inaceitável ou ameaçador para o seu bem-estar psíquico. A repressão pode levar ao surgimento de sintomas psicológicos ou distúrbios, como neuroses e fobias, que podem ter origem na pulsão reprimida.

Por outro lado, a sublimação é um processo no qual a energia pulsional é direcionada para atividades socialmente aceitáveis. A sublimação permite a expressão da pulsão de maneiras construtivas e culturalmente valorizadas, como no campo das artes, da ciência e da criatividade. Através da sublimação, a energia pulsional é redirecionada para formas de expressão que beneficiam tanto o indivíduo como a sociedade em geral.

Destino da Pulsão Descrição
Reversão a seu oposto Mudança da atividade para a passividade ou mudança de conteúdo
Retorno em direção ao próprio eu (self) Masoquismo, exibicionismo e fixação no objeto
Repressão Negação ou supressão da pulsão em resposta a conflitos
Sublimação Direcionamento da energia pulsional para atividades socialmente aceitáveis

A compreensão dos destinos da pulsão é fundamental para a compreensão da vida psíquica e das manifestações dos instintos. Esses destinos demonstram a complexidade dos processos mentais e a influência que as pulsões exercem sobre o comportamento humano. Ao explorar esses destinos em seu livro, Freud contribui para o avanço da psicanalisee para uma compreensão mais profunda da natureza humana.

Conclusão

Em “Os Instintos e suas Vicissitudes”, Sigmund Freud nos presenteia com uma análise profunda da psicologia dos instintos. Nesta obra, ele explora os componentes da pulsão, os destinos possíveis e as características essenciais dos instintos, oferecendo um mergulho fascinante na teoria psicanalítica.

Freud nos mostra a relação intrínseca entre os instintos e a vida mental, ressaltando a importância dos princípios de constância e do prazer. Ele nos convida a refletir sobre como os instintos influenciam nossos desejos, motivações e ações, e como eles moldam nossa psique.

Com sua escrita clara e elucidativa, Freud busca trazer clareza ao conceito de pulsão, tornando-o menos obscuro e mais compreensível para todos. “Os Instintos e suas Vicissitudes” é uma obra fundamental para aqueles que desejam aprofundar seu conhecimento na psicanalisee na psicologia dos instintos, sendo um marco na história da psicologia.

FAQ

O que é o livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”?

“Os Instintos e suas Vicissitudes” é uma obra escrita por Sigmund Freud em 1915, onde o autor discute o conceito de pulsão e suas características, como princípio de constância e princípio do prazer.

Quais são os destinos possíveis da pulsão?

Os destinos possíveis da pulsão são a reversão a seu oposto, o retorno em direção ao próprio eu (self), a repressão e a sublimação.

O que é reversão a seu oposto?

A reversão a seu oposto ocorre quando uma pulsão muda da atividade para a passividade ou quando há uma mudança de conteúdo.

O que é o retorno em direção ao próprio eu (self)?

O retorno em direção ao próprio eu (self) envolve uma mudança do objeto, mantendo a finalidade da pulsão, mas direcionando-a para o próprio eu.

O que é narcisismo?

O narcisismo é uma fase inicial do desenvolvimento do ego caracterizada pelo amor voltado para si mesmo e pela indiferença em relação ao mundo externo.

Qual é a relação entre forma e função dos órgãos na atividade instintual?

A forma e a função dos órgãos determinam se a finalidade instintual será ativa ou passiva, dependendo da capacidade do órgão de realizar determinada ação.

Qual é a importância do sistema nervoso na dominação de estímulos?

O sistema nervoso tem a função de livrar-se dos estímulos que chegam até ele ou reduzi-los ao nível mais baixo possível, sendo desafiado pelos estímulos instintuais que são diferentes dos estímulos externos.

Quais são as características essenciais dos instintos?

As características essenciais dos instintos são sua origem dentro do organismo, sua atuação constante e a impossibilidade de escapar deles.

O que são os componentes da pulsão?

Os componentes da pulsão são a pressão, a finalidade, o objeto e a fonte.

O que são os instintos segundo Freud?

Segundo Freud, os instintos são estímulos aplicados à mente, que podem ser de caráter fisiológico ou mental, e têm origem dentro do organismo.

O que são os destinos da pulsão?

Os destinos da pulsão são formas de expressão que a pulsão pode seguir, como a reversão a seu oposto, o retorno em direção ao próprio eu (self), a repressão e a sublimação.

Quais são as polaridades do amor?

As polaridades do amor são amor/indiferença, amor/ódio e amar/ser amado.

O que é o princípio de constância e o princípio do prazer?

O princípio de constância e o princípio do prazer são os princípios reguladores do aparelho psíquico, que determinam a busca pela diminuição do estímulo e a busca pelo prazer.

O que é a pressão da pulsão?

A pressão da pulsão é o fator motor que representa a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que ela impõe.

Quais são os componentes da pulsão?

Os componentes da pulsão são a pressão, a finalidade, o objeto e a fonte.

O que é o livro “Os Instintos e suas Vicissitudes”?

“Os Instintos e suas Vicissitudes” é uma obra escrita por Sigmund Freud em 1915, onde o autor discute o conceito de pulsão e suas características, como princípio de constância e princípio do prazer.

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