1 Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da tua face,

2 Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença!

3 Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.

4 Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.

5 Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça e dos que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; neles há eternidade, para que sejamos salvos?

6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.

7 E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniqüidades.

8 Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos.

9 Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo.

10 As tuas santas cidades tornaram-se um deserto; Sião está feita um deserto, Jerusalém está assolada.

11 A nossa santa e gloriosa casa, em que te louvavam nossos pais, foi queimada a fogo; e todas as nossas coisas preciosas se tornaram em assolação.

12 Conter-te-ias tu ainda sobre estas coisas, ó Senhor? Ficarias calado, e nos afligirias tanto?

Isaías

O Clamor do Povo a Deus por Ajuda (Isaías 64:1-3)

O povo de Israel anseia pela intervenção divina, clamando a Deus para descer dos céus e manifestar seu poder. Eles desejam que os montes se derretam diante de sua presença, como fogo derrete metal, anunciando seu nome aos seus inimigos e fazendo as nações tremerem. Eles relembram os tempos passados quando Deus realizou maravilhas inesperadas, fazendo com que as montanhas se desviassem de seu caminho.

A Fidelidade e a Justiça de Deus (Isaías 64:4)

Os israelitas reconhecem a fidelidade inabalável de Deus. Eles testemunham que nenhum outro deus se compara a ele, pois ele opera poderosamente em favor daqueles que esperam nele. Eles celebram a justiça de Deus, que se revela no seu amor pelos que andam retamente e se lembram de seus caminhos.

O Pecado e as Consequências (Isaías 64:5-7)

Contudo, o povo admite sua falha e reconhece seus pecados. Eles lamentam que sua ira tenha sido despertada devido às suas transgressões. Eles se comparam a pessoas impuras, cujas boas obras são como trapos sujos, e cujas vidas são como folhas murchas, levadas pelo vento. Eles lamentam a falta de intercessores que possam chamar a atenção de Deus para sua situação e reconhecem que ele escondeu seu rosto deles devido às suas iniqüidades.

O Pai Amoroso e o Barro Humano (Isaías 64:8-9)

Apesar dos seus pecados, o povo apela a Deus como seu Pai. Eles se reconhecem como barro nas mãos do oleiro, dependentes dele para sua formação e propósito. Eles imploram que ele não os abandone, mas os resgate de sua aflição e os restaure à sua glória anterior.## Cântico do Povo por Intercessão

Isaías 64:1-2

No clamor por intervenção, o povo anseia pela manifestação do poder de Deus. Eles imploram que Ele desça dos céus como um fogo purificador, dissipando seus inimigos e estabelecendo Seu nome como supremo.

Isaías 64:3-4

Refletindo sobre as obras passadas de Deus, o povo reconhece Sua majestade inabalável. Eles testemunharam Seu poder na criação e em eventos miraculosos, demonstrando que Ele é o único Deus verdadeiro que cuida daqueles que esperam nEle.

Isaías 64:5-7

Embora agradecidos pelo favor de Deus, o povo lamenta seus próprios pecados e fraquezas. Eles confessam sua impureza e fragilidade, implorando por Sua misericórdia e renovação. Eles anseiam por uma centelha de Seu Espírito para revivê-los e despertá-los para a oração e a santidade.

Isaías 64:8-9

O povo se identifica como filhos de Deus, criados por Suas mãos. Eles imploram por Sua orientação contínua, pedindo-Lhe que não os abandone completamente. Eles reconhecem que o castigo é justo, mas imploram por compaixão e perdão, para que possam ser salvos e restaurados.## O clamor pela intervenção divina (Isaías 64:1-3)

O clamor do povo por intervenção divina começa com um anseio ardente por testemunhar o poder manifesto de Deus. Eles rogam que Ele rompa os céus, desça com poder e faça os montes se derreterem diante Dele. Essa súplica é inspirada pelo desejo de ver a glória e o domínio de Deus revelados aos seus inimigos, para que todas as nações tremam em Sua presença.

O Deus que realiza maravilhas (Isaías 64:4)

O povo reconhece que Deus é único e incomparável, um Deus que realiza maravilhas para aqueles que confiam Nele. Eles lembram de Seus feitos passados, coisas extraordinárias que nunca foram vistas ou ouvidas antes, e imploram que Ele intervenha mais uma vez em seus tempos de angústia.

Reconhecimento da pecaminosidade (Isaías 64:5-7)

Apesar do clamor por intervenção divina, o povo reconhece sua própria pecaminosidade. Eles admitem que desviaram-se dos caminhos de Deus e que suas “justiças” são como trapos imundos. Eles lamentam a ausência de súplicas fervorosas e a falta de frutos espirituais em suas vidas.

O apelo pela misericórdia (Isaías 64:8-12)

Apesar de sua indignidade, o povo apela à misericórdia de Deus. Eles O lembram de que Ele é seu Pai e que eles são a obra de Suas mãos. Eles imploram que Ele não se esqueça deles em Sua ira e que não permita que sua cidade santa permaneça em ruínas. Eles expressam esperança de que Deus os restaure e os salve de seus sofrimentos.