A Redefinição da Pulsão por Lacan: Uma Nova Compreensão do Conceito Freudiano

O que é Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Como Lacan Redefine o Conceito Freudiano de Pulsão

A pulsão, conceito fundamental na psicanálise freudiana, é redefinida por Jacques Lacan como uma “força que insiste”, uma energia que impulsiona o sujeito, mas sempre de forma indireta e distorcida. Lacan argumenta que a pulsão não é um instinto biológico, mas um “desejo irrealizável” que surge da relação do sujeito com o Outro (a linguagem e o mundo social).

A Pulsão como Força Paradoxal

Lacan enfatiza a natureza paradoxal da pulsão. Ela é uma força que impulsiona o sujeito, mas também o aprisiona em um ciclo de repetição e frustração. A pulsão tem um “círculo vicioso”, pois seu objetivo é a satisfação, mas a satisfação completa é impossível. Essa insatisfação perpétua mantém o sujeito em um estado de desejo constante e cria o conflito inconsciente que é a base da neurose.

O Objeto da Pulsão

Para Lacan, o objeto da pulsão não é um objeto real, mas um “objeto causa de desejo”. É um objeto simbólico que representa a falta fundamental do sujeito no Outro. A pulsão é um “fenômeno a dois termos” que envolve tanto a busca pelo objeto quanto a perda do objeto. Essa perda é essencial para o sujeito, pois lhe permite manter um senso de desejo e identidade separada do Outro.

Significado Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Redefinição de Lacan do Conceito de Pulsão Freudiana

Lacan redefine a pulsão freudiana como uma força motriz que impulsiona o indivíduo em direção ao desejo. Ao contrário da visão freudiana, Lacan argumenta que a pulsão não é um instinto biológico, mas uma construção simbólica que emerge do encontro do sujeito com a linguagem e a cultura. Para Lacan, a pulsão é uma forma de repetir uma experiência anterior que evoca prazer, embora a satisfação nunca seja totalmente alcançada.

A redefinição de Lacan destaca a natureza circular da pulsão. Ela busca um objeto que nunca pode ser possuído, criando um ciclo interminável de desejo e frustração. Essa frustração leva ao que Lacan chama de “falta”, um vazio no sujeito que impulsiona a pulsão a se repetir. Assim, a pulsão não é um impulso instintivo, mas uma busca simbólica pelo que foi perdido ou negado na experiência do indivíduo.

Significado da Redefinição Lacaniana da Pulsão Freudiana

Lacan redefine a pulsão freudiana como uma força impulsionadora que se repete incessantemente em torno de um objeto perdido. Essa redefinição destaca a natureza cíclica e autodestrutiva da pulsão, enfatizando seu papel na manutenção do desejo e da angústia. Ao reposicionar a pulsão como uma busca sem fim, Lacan sublinha seu aspecto perturbador e a sua capacidade de moldar a experiência humana.

Como Funciona Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

O Conceito Lacaniano de Pulsão

Lacan reformula o conceito freudiano de pulsão, entendendo-a como uma força psíquica fundamental que impulsiona o comportamento humano. Ele rejeita a ideia de que as pulsões visam a satisfação direta, argumentando que elas visam a repetição de uma experiência primária e prazerosa que foi perdida. Lacan enfatiza que as pulsões são parciais e fragmentadas e que elas não podem ser completamente satisfeitas.

O Papel do Outro na Formação da Pulsão

Lacan introduz o conceito de Outro como um fator crucial na formação da pulsão. O Outro é o mundo simbólico externo, incluindo os pais, a sociedade e a cultura. Através da interação com o Outro, o indivíduo internaliza as normas e valores sociais, que moldam suas pulsões. As pulsões são, portanto, mediadas pelo Outro e expressam a relação do sujeito com o mundo externo.

A Pulsão de Morte e a Repetição

Lacan propõe também uma segunda pulsão fundamental, chamada pulsão de morte. Esta pulsão não busca prazer, mas sim o retorno a um estado de imobilidade e inércia. Lacan argumenta que a pulsão de morte é manifestada na tendência do indivíduo de se repetir e se autodestruir. A repetição compulsiva é um mecanismo pelo qual a pulsão de morte é expressa, pois ela busca restaurar uma experiência perdida ou aliviar a angústia.

Explicação Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Explicação: Redefinição Lacaniana do Conceito Freudiano de Pulsão

Lacan propõe uma redefinição do conceito de pulsão freudiano, abandonando a concepção de uma energia interna que impulsiona o comportamento. Em vez disso, ele a interpreta como uma força não orgânica que interage com representações inconscientes. Assim, as pulsões são mediadas pela linguagem e pelo desejo, surgindo como significantes que buscam representação.

Para Lacan, as pulsões são parciais, pois nunca podem ser totalmente satisfeitas. Elas são reiterativas, voltando repetidamente a buscar satisfação. Além disso, as pulsões são alterizadas, pois circulam entre o sujeito e o Outro, mediadas pela linguagem.

Esta reformulação lacaniana do conceito de pulsão destaca sua natureza simbólica e sua interação com a estrutura inconsciente do psiquismo. Essa mudança enfatiza o papel da linguagem, da cultura e das relações interpessoais na formação e satisfação das pulsões.

Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão como uma força constante e irredutível que direciona o comportamento humano. Ele enfatiza a natureza repetitiva e automática das pulsões, que visam a satisfação da tensão.

Tabela Resumo Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Como Lacan Redefine o Conceito Freudiano de Pulsão

Redefinição Lacaniana da Pulsão

Lacan reformulou o conceito freudiano de pulsão como uma força impulsionadora que surge da impossibilidade de satisfazer completamente um desejo. Para Lacan, a pulsão não é um instinto biológico, mas sim um processo simbólico que se manifesta como repetição de comportamentos e pensamentos.

Características da Pulsão Lacaniana

A pulsão lacaniana exibe características distintas das formulações freudianas:

  • Dimensão Circulatória: A pulsão é um ciclo repetitivo que visa reduzir a tensão, mas nunca a elimina completamente.
  • Objeto Perdido: A pulsão é alimentada por um objeto perdido, representado pelo desejo irrealizável.
  • Natureza Linguística: A pulsão se expressa por meio da linguagem, símbolos e fantasias.

Tabela Resumo: Como Lacan Redefine o Conceito Freudiano de Pulsão

Redefinição de Lacan Conceito Freudiano
Pulsão de vida (Eros) e pulsão de morte (Tânatos) Duas pulsões fundamentais que orientam o comportamento humano
Pulsão parcial Componente específico da pulsão que busca satisfação
Objeto (a) Objeto simbólico que representa a falta e guia o desejo
Fonte e alvo O ponto de origem e o ponto de destino da pulsão
Pulsão como demanda A pulsão expressa uma falta e demanda sua satisfação
Pulsão como desejo A pulsão é transformada em desejo através da linguagem e da cultura
Pulsão como sintoma A pulsão se manifesta nos sintomas como um retorno do reprimido
Pulsão como gozo A pulsão busca o gozo, que é uma satisfação além do prazer

Perguntas Frequentes Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Como Lacan redefine o conceito freudiano de pulsão?

Embora Lacan reconheça a importância freudiana da pulsão, ele a redefine como um “conceito limite” que separa o psíquico do somático. Para Lacan, a pulsão não é uma força biológica inerente, mas sim um desejo que surge na interação entre o sujeito e o Outro. A pulsão é, portanto, mais simbólica do que biológica, uma vez que é mediada pela linguagem e pelas relações sociais.

O que isso significa?

Lacan afirma que a pulsão é sempre direcionada a um objeto perdido, que representa a falta ou desejo do sujeito. A pulsão, portanto, é uma busca constante por satisfação, um desejo que nunca pode ser totalmente satisfeito. Isso se deve ao fato de que o objeto perdido é simbólico, representando algo que o sujeito não pode possuir ou controlar.

Significado da pulsão para Lacan

A pulsão é um conceito crucial na teoria lacaniana, pois fornece uma base para entender a dinâmica da psique humana. Ela ajuda a explicar a formação do sujeito, o desenvolvimento da sexualidade e a natureza do desejo humano. Entender a pulsão de acordo com Lacan é essencial para compreender a complexa relação entre o indivíduo e seu mundo.

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