PEDAGOGIA E HOLÍSTICA

278- SINERGIA PEDAGÓGICA

Sinergia Pedagógica – Como bem afirmou Freud, “a mente é como um iceberg, com uma pequena parte visível e uma vasta parte submersa”. A sinergia pedagógica revela os segredos dessa vastidão submersa, iluminando o terreno emocional que fundamenta nossa existência.

SINERGIA PEDAGÓGICA
SINERGIA PEDAGÓGICA

Sinergia Pedagógica

Compreendendo a Dinâmica da Mente Humana

A sinergia pedagógica emerge como uma expressão contagiante e valiosa ao experimentar/revelar os recônditos da mente humana. Através dessa lente, tanto novatos quanto praticantes experientes da psicanalise podem desvendar os mistérios da estrutura e funcionamento do aparelho psíquico, proporcionando uma compreensão mais profunda de si mesmos e dos outros.

Os alunos são imersos em uma jornada de autoconhecimento, convidados a navegar pelos intrincados caminhos dos impulsos, medos e desejos que moldam nossas ações. Como bem afirmou Freud, “a mente é como um iceberg, com uma pequena parte visível e uma vasta parte submersa”. A pedagogia da psicanaliserevela o sabor dessa vastidão submersa, iluminando o terreno emocional que fundamenta nossa existência.

O Impulso da Vida e a Ansiedade Existencial

No cerne da experiência humana reside o impulso intrínseco de crescimento e realização. No entanto, esse ímpeto frequentemente entra em conflito com a ansiedade, uma emoção que surge diante de decisões cruciais e desafios desconhecidos. A psicanaliseem diálogo terapias holísticas pode oferecer uma visão integrada desse dilema, destacando que a ansiedade é, em muitos casos, uma resposta a conflitos internos não resolvidos.

Importante lembrar – recomenda-se que o profissional faça sua opção – ou opte por trabalhar com terapias holísticas – ou opte por trabalhar com psicanalise” (João Barros).

A presença da “reflexão psicanalítica” dentro do nicho das terapias holísticas tem a intenção de iluminar a caminhada dos terapeutas holísticos.

Como Carl Jung observou, “o que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino”. Ao permitir o diálogo dos princípios psicanalíticos com abordagens holísticas, trata-se de uma ousadia, de um exercício mental, que agregue valores – os indivíduos podem explorar os recantos mais profundos de sua ansiedade, entendendo suas origens inconscientes e trabalhando em direção à aceitação e transformação.

A História Libidinal e o Lugar do Afeto

A história libidinal de um indivíduo, moldada por suas experiências emocionais desde a infância, exerce um impacto poderoso em sua vida adulta. Essa jornada, como indicada por Vieira, é uma narrativa de afetos que atuam como pontos de ancoragem para o sentido e a identidade.

Como afirma Wilhelm Reich, “a emoção reprimida encontra uma saída através do corpo”. A abordagem holística pode oferecer técnicas para liberar e harmonizar essas emoções, permitindo que a história libidinal seja um guia não apenas para a compreensão do passado, mas também para a transformação do presente.

Origens Psíquicas e o Papel do Id

A teoriafreudiana introduziu o conceito do “Id” como a força primordial que impulsiona nossos desejos e impulsos mais básicos. Esta parte obscura e instintiva da mente é muitas vezes relegada ao inconsciente, moldando nossa psicologia de maneiras complexas.

O diálogo entre a psicanalisee as terapias holísticas permite uma aproximação às origens psíquicas profundas, revelando como as feridas não curadas do passado podem influenciar nossos padrões comportamentais atuais. A investigação holística também pode reconhecer a necessidade do equilíbrio entre o “Id”, o “Ego” e o “Superego”, como delineado por Freud.

Implicações Pedagógicas da Psicanálise

A pedagogia da psicanalisenão apenas desvenda os mistérios da mente, mas também lança luz sobre a educação e o desenvolvimento humano. A compreensão das estruturas mentais, conforme delineado pela psicanalise, proporciona aos educadores insights profundos sobre as fases do desenvolvimento e os processos de aprendizagem.

Como observou Jean Piaget, “a inteligência não é o que o cérebro sabe, mas o que o cérebro pode fazer”. O diálogo entre a psicanalisee as terapias holísticas – enriquece ainda mais esse entendimento, permitindo que educadores considerem não apenas a cognição, mas também a dimensão emocional e espiritual dos alunos.

Revisitando o Id em Busca de Autodescoberta

No âmago da exploração psicanalítica e holística reside a necessidade de revisitarmos o “Id”, a força motriz de nossos desejos mais profundos. Ao confrontar a ansiedade e desenterrar os impulsos reprimidos, somos confrontados com a oportunidade de uma autodescoberta transformadora. Essa jornada, como ilustrado por Nietzsche, é uma busca constante para “tornar-se quem você é”.

Os indivíduos podem não apenas compreender suas motivações obscuras, mas também transmutá-las em forças criativas e direcionadoras. O diálogo entre a psicanalisee as terapias holísticas cria um espaço onde a auto exploração se transforma em auto empoderamento, permitindo que os indivíduos trilhem um caminho de autenticidade e autorrealização.

A pedagogia da psicanaliseoferece um portal profundo para a compreensão da mente humana e suas complexidades.

Essa síntese amplia nossa visão da existência, capacitando-nos a abraçar nossos impulsos, ansiedades e emoções com compaixão e discernimento.

Aparelho Psíquico (sinergia pedagógica)

A jornada de compreender o aparelho psíquico começa com uma abordagem pedagógica que respeita a complexidade dos conceitos envolvidos. Como Freud destacou em suas obras, o entendimento do aparelho psíquico é uma construção em constante evolução, refletindo suas descobertas ao longo do tempo.

O aparelho psíquico é composto por várias instâncias, incluindo o consciente, o pré-consciente e o inconsciente, cada uma desempenhando um papel crucial na formação de nossa psicologia. Desvendar essa estrutura requer uma exploração meticulosa, em que a pedagogia da psicanaliseage como uma lanterna que ilumina os caminhos mais profundos da mente humana.

A Necessidade Pedagógica da Psicanálise

A psicanalise, ao mergulhar no aparelho psíquico, desafia as noções convencionais de autoconhecimento. Freud argumentou que nossa percepção direta muitas vezes não é suficiente para compreender as motivações subjacentes e os conflitos internos que moldam nossas ações.

Ao adotar uma perspectiva psicanalítica, os indivíduos são incentivados a transcender o senso comum, aprofundando-se em suas próprias pulsões, desejos reprimidos e memórias dissociadas. Isso não é um empreendimento simples, mas um mergulho profundo que exige um compromisso genuíno com a auto exploração e uma abertura para questionar preconceitos arraigados sobre si mesmo.

O Imperativo do Id

Para desvendar o aparelho psíquico, é fundamental compreender a centralidade do “Id”. O “Id” representa o núcleo pulsional da mente, onde os instintos e desejos básicos residem. Como Freud apontou em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920), o “Id” opera seguindo o princípio do prazer imediato, buscando a satisfação de impulsos sem considerar limites ou realidades externas.

No entanto, essa busca desenfreada pode entrar em conflito com outras instâncias do aparelho psíquico, como o “Superego”, que impõe regras morais e sociais. Permitir o diálogo da psicanalisecom abordagens holísticas, è se permitir entender que o “Id” não é apenas impulsivo, mas também uma fonte de energia vital e criatividade quando harmonizado com outras partes da mente.

Contextualizando a Energia Psíquica

Ao explorar a energia psíquica subjacente ao aparelho psíquico, é crucial considerar o contexto histórico no qual a psicanalisesurgiu. O final do século XIX e início do século XX foi um período de avanços médicos e sociais, mas também de mistérios não resolvidos.

A histeria, por exemplo, intrigou muitos médicos da época, incluindo Freud. Sua busca por respostas para essa condição e outras manifestações mentais o levou a investigar o aparelho psíquico. Ao explorar essa energia, estamos traçando uma linha que conecta o passado ao presente, reconhecendo a evolução do conhecimento humano sobre a mente.

Freud e a Exploração do Inconsciente

A exploração profunda do aparelho psíquico culmina na investigação do inconsciente. Freud, ao confrontar os mistérios da histeria e outros transtornos mentais, desenvolveu uma série de técnicas, como a associação livre, para trazer à luz os conteúdos inconscientes que influenciam nossas vidas.

Ao fazê-lo, ele lançou as bases para a psicanalisemoderna e abriu caminho para a compreensão de como nosso passado e nossas experiências não resolvidas podem se manifestar em nossa psicologia atual. Ao relacionar a psicanalisecom terapias holísticas, reconhecemos que a exploração do inconsciente não é apenas uma investigação clínica, mas também um processo de autodescoberta que pode levar a uma transformação profunda.

A jornada de compreensão do aparelho psíquico é uma exploração que exige uma abordagem pedagógica sensível e um desejo de transcender as noções convencionais. A psicanalise, com sua ênfase na introspecção e no mergulho profundo nas complexidades da mente, oferece um caminho para desvendar os mistérios ocultos de nossa psicologia.

Nessa interseção, emerge uma oportunidade não apenas para conhecer a nós mesmos, mas também para transformar nossa psicologia, abrindo portas para uma jornada de autodescoberta e crescimento contínuo.

Teoria Freudiana (sinergia pedagógica)

Introdução ao Modelo do Aparelho Psíquico

No início do século XX, Sigmund Freud introduziu um modelo inovador para entender a mente humana em sua obra seminal “A Interpretação dos Sonhos”. Nessa teoria, Freud propôs uma estrutura do aparelho psíquico dividida em três instâncias distintas: o Inconsciente (Ics), o Pré-consciente (Pcs) e o Consciente (Cs).

O Inconsciente atua como uma reserva de pensamentos e impulsos inaceitáveis, o Pré-consciente atua como uma zona intermediária entre o consciente e o inconsciente, enquanto o Consciente é o centro da nossa experiência consciente. Esse modelo oferece uma perspectiva única sobre a mente, permitindo a compreensão das camadas profundas que influenciam nosso comportamento.

Complexo de Édipo: Uma Chave para a Personalidade

Um dos aspectos mais intrigantes da teoria de Freud é o complexo de Édipo, um fenômeno psicológico fundamental na formação da personalidade. Derivado do mito grego de Édipo, esse complexo reflete os conflitos e desejos eróticos que as crianças experimentam em relação aos pais.

Como Freud destacou em “A Interpretação dos Sonhos” (1900), a resolução saudável do complexo de Édipo é essencial para o desenvolvimento psicossexual saudável e para a formação de relações adultas estáveis.

A Revelação da Sexualidade Infantil

Em “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), Freud provocou uma revolução ao desvelar a presença precoce da sexualidade infantil. Contrariando as crenças da época, ele argumentou que a sexualidade não emerge apenas na puberdade, mas é uma força ativa desde a infância.

Essa descoberta foi fundamental para a compreensão da formação da personalidade, uma vez que a sexualidade infantil desempenha um papel crucial na maneira como lidamos com nossos desejos e relacionamentos ao longo da vida.

Introdução à Segunda Tópica: Id, Ego e Superego

Em “O Ego e o Id” (1923), Freud expandiu sua teoria do aparelho psíquico ao introduzir a segunda tópica, que apresentava três entidades fundamentais: o Id, o Ego e o Superego. O Id, como a fonte primordial de impulsos e desejos, opera sob o princípio do prazer.

O Ego, mediano entre o Id e o mundo externo, opera sob o princípio da realidade, buscando equilibrar impulsos com demandas do ambiente. O Superego representa a voz interna da moralidade e da ética.

O Id: Navegador dos Mares Psíquicos

O Id, como a força propulsora das pulsões e desejos, é um elemento central na teoriafreudiana. Analogamente, assim como um marinheiro navega os mares, os indivíduos precisam navegar as águas tumultuadas da mente guiados pelo Id.

A terapia holística” data-wpil-keyword-link=”linked”>terapia holística pode fornecer técnicas que ajudam a ancorar os impulsos do Id, permitindo que sejam direcionados de maneira construtiva. A compreensão do Id e sua relação com as terapias holísticas nos possibilita encontrar maneiras de canalizar nossos desejos inatos em direção a objetivos significativos e autênticos.

A teoria de Freud sobre o aparelho psíquico é uma lente fascinante para compreender a complexidade da mente humana. Ao examinar suas diversas camadas, desde o Inconsciente até o Consciente, podemos obter insights profundos sobre os processos psicológicos subjacentes que moldam nossa experiência de vida.

Esse entendimento aprofundado pode nos guiar na jornada de autodescoberta, crescimento pessoal e desenvolvimento holístico.

Universo Instintual (sinergia pedagógica)

A Origem dos Instintos: O Enigmático Id

A psicanalisefreudiana mergulha nas profundezas da mente humana para desvendar a origem de nossos instintos mais primordiais. Essa origem é atribuída ao Id, uma estrutura inconsciente e primitiva que abriga nossos desejos inatos e impulsos básicos.

Como afirma Freud em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920), o Id é uma parte obscura da psique onde “os instintos residem; são eles os responsáveis por nossos sonhos e perturbações psíquicas”. Nesse contexto, o Id se revela como uma força instintiva que influencia nossos pensamentos e comportamentos mais profundos.

A Dualidade das Pulsões: Sexo e Agressão

A teoriafreudiana ressalta a presença de duas pulsões fundamentais que moldam nosso universo instintual: a pulsão sexual (libido) e a pulsão agressiva (instinto de morte). Como explorado por Freud em “Além do Princípio do Prazer” (1920), essas pulsões operam em constante interação, muitas vezes gerando conflitos e impulsos contraditórios.

Essa dualidade é uma característica essencial do nosso aparelho psíquico e influencia a forma como experimentamos o mundo e nos relacionamos com os outros.

Inconsciente vs. Consciente: A Topografia da Mente

Em sua teoria, Freud delineou a topografia da mente, enfatizando a importância do Inconsciente em relação ao Consciente. Como ele escreveu em “A Interpretação dos Sonhos” (1900), “o Inconsciente possui uma extensão imensuravelmente maior do que o Consciente”.

Enquanto muitos acreditam que o pensamento consciente governa nossa experiência, a psicanaliserevela que a maior parte dos processos mentais ocorre no Inconsciente, influenciando nossas ações e emoções de maneiras complexas.

O Dualismo Inerente ao Eu

A revoluçãofreudiana na compreensão da identidade humana revela um eu fragmentado e não unificado. Em “O Ego e o Id” (1923), Freud descreve essa fragmentação, argumentando que o eu é composto por diferentes partes que interagem e muitas vezes entram em conflito.

Essa perspectiva desafia a visão tradicional de uma identidade coesa e única, revelando que somos seres complexos cujos pensamentos e impulsos são moldados por partes diversas da mente.

A Busca pelo Prazer e a Liberação da Libido

A teoriafreudiana enfatiza o papel da libido, a energia do instinto sexual, na condução de nossos comportamentos e motivações. Como afirmou Freud em “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), a libido busca a satisfação e a expressão por meio de diferentes estágios do desenvolvimento humano.

Essa busca pelo prazer e satisfação é um impulso central em nossa psique, influenciando nossas ações e desejos ao longo da vida.

A psicanalisefreudiana nos proporciona uma visão profunda e esclarecedora do universo instintual que reside dentro de cada um de nós. Ao explorar a origem dos instintos no enigmático Id, compreender a dualidade das pulsões, examinar a topografia da mente e reconhecer o dualismo inerente ao eu, somos convidados a uma jornada de autoconhecimento e compreensão do ser humano em sua complexidade.

A busca pelo prazer e a liberação da libido são elementos essenciais dessa exploração, destacando a importância dos instintos em nossa vida psicológica.

Interconexão (sinergia pedagógica)

Freud e a Ponte entre os Mundos Interno e Externo

A teoriafreudiana reconhece a interconexão crucial entre o Inconsciente (Ics) e o Consciente (Cs). Em sua obra “A Interpretação dos Sonhos” (1900), Freud descreve o Cs como a porta de entrada das percepções do mundo externo para o mundo interno, permitindo-nos conscientemente experimentar e processar informações.

O Cs desempenha o papel de uma ponte vital entre o Ics e o mundo, desdobrando-se como uma tela onde nossos desejos e impulsos são projetados e examinados à luz da razão.

A Percepção e a Alimentação do Ego

A relação entre percepção e Ego é uma peça essencial do intricado quebra-cabeça psíquico. Como destacado por Freud em “O Ego e o Id” (1923), a percepção atua como um meio de introjeção da realidade externa, traduzindo-a em linguagem simbólica que o Ego pode processar.

Essa interação entre o sistema Percepção/Consciência (Pc-Cs) e o Ego é crucial para nossa adaptação e compreensão do mundo, alimentando o Ego com as experiências acumuladas.

A Primazia do Inconsciente

Ao mesmo tempo em que reconheceu a importância do Cs e da percepção, Freud enfatizou a primazia do Ics. Em “O Ego e o Id” (1923), ele afirma que a maior parte da vida psíquica ocorre no Ics, onde impulsos, desejos e sentimentos pulsam em um reino de profunda inconsciência.

A complexa dança entre o Ics e o Cs molda nossa experiência, muitas vezes de maneiras que nem sequer percebemos conscientemente.

A Totalidade da Vida Psíquica

O cerne da teoriafreudiana é a compreensão da totalidade da vida psíquica. Segundo Freud, em “O Ego e o Id” (1923), a vida psíquica não se limita à consciência ou ao que é imediatamente perceptível.

Ele acreditava que a compreensão verdadeira da mente humana só poderia ser alcançada ao considerar todas as camadas da psique, desde os recessos mais profundos do inconsciente até os domínios conscientes da razão.

A Sinfonia da Mente: Inconsciente e Consciente em Harmonia

A visão de Freud sobre a relação entre o Inconsciente e o Consciente nos lembra de que somos seres complexos, com uma rica tapeçaria de pensamentos, desejos e experiências.

Assim como a psicanaliseexplora a dança entre os elementos conscientes e inconscientes da mente, as terapias holísticas buscam equilibrar os aspectos físicos, emocionais e espirituais da vida, reconhecendo que a saúde mental é intrinsecamente ligada à totalidade do ser humano.


Subjetividade Moderna
(sinergia pedagógica)

A Dualidade das Pulsões de Vida e de Morte

A teoria psicanalítica de Freud introduziu a noção de pulsões de vida (Eros) e pulsões de morte (Thanatos) como forças motivadoras fundamentais da psique humana.

Essas pulsões, como observado em “Além do Princípio do Prazer” (1920), refletem nossa natureza dualista, onde impulsos sexuais e agressivos coexistem dentro de nós. Eles são representativos da tensão perene entre a busca por prazer e a luta pelo equilíbrio psíquico.

As Pulsões e a Subjetividade Contemporânea

Na era moderna, a subjetividade encontra novos desafios devido à constante exposição às redes sociais e à cultura de conexão. A busca pela satisfação pulsional muitas vezes é distorcida por idealizações e comparações sociais, gerando inquietação e ansiedade.

Como mencionado por Laplanche em “A Revolução Copernicana na Psicanálise” (2008), a subjetividade moderna está entrelaçada com a constante reconfiguração da autoimagem e do eu diante das expectativas sociais.

Explorando as Profundezas do Inconsciente

As pulsões, profundamente enraizadas no inconsciente, podem se manifestar de maneiras insuspeitas. A psicanalisenos convida a mergulhar nessas profundezas, buscando compreender as motivações ocultas que impulsionam nossas ações e emoções.

Confrontar nossos impulsos, sob a orientação de um psicanalista, como sugere Freud em “O Ego e o Id” (1923), pode levar à autoconsciência e à capacidade de enfrentar a ansiedade inerente à nossa existência.

A Sinergia entre Psicanálise e Terapias Holísticas

A abordagem holística reconhece a interconexão entre as dimensões física, emocional, mental e espiritual do ser humano. Essa perspectiva se alinha com a psicanaliseao considerar a complexidade das pulsões que nos impulsionam. As terapias holísticas, como a meditação e a yoga, podem auxiliar na exploração do inconsciente, promovendo a autorreflexão e a conexão com a mente e o corpo.

Conclusão (sinergia pedagógica)

As pulsões, impulsionadoras fundamentais de nossa psique, desempenham um papel crucial na subjetividade moderna. A psicanaliseoferece ferramentas para desvendar as complexidades dessas forças, convidando-nos a confrontar a inquietação e a ansiedade que permeiam nossa existência.

Ao abraçar uma abordagem holística, podemos encontrar sinergias entre as terapias que exploram a mente e o corpo, buscando uma compreensão mais profunda e uma jornada de autodescoberta mais completa.

João Barros

Floripa, 21.08.23

REFERÊNCIAS BÁSICAS (sinergia pedagógica)

  1. “A Interpretação dos Sonhos” – Sigmund Freud Neste livro fundamental da psicanalise, Freud explora os sonhos como uma forma de acesso ao inconsciente. Ele discute o simbolismo dos sonhos, suas manifestações e como eles podem revelar os desejos e conflitos ocultos da mente.
  2. “A Revolução Copernicana na Psicanálise” – Jean Laplanche Laplanche é um importante teórico pós-freudiano. Neste livro, ele aborda a psicanalisecomo uma “revolução copernicana” na compreensão da subjetividade, explorando como os impulsos inconscientes influenciam a construção do eu.
  3. “Eros e Civilização” – Herbert Marcuse – Este livro propõe uma perspectiva crítica da sociedade, utilizando ideiasfreudianas para examinar como a civilização reprime os impulsos individuais em nome da conformidade social. Marcuse destaca a relação entre a liberdade individual e a repressão social.
  4. “O Livro Vermelho” – Carl Gustav Jung – Jung é um dos principais psicanalistas, conhecido por suas contribuições para a psicologia analítica. “O Livro Vermelho” é uma obra póstuma que registra o processo criativo e os insights de Jung, explorando seus próprios sonhos, imaginação ativa e exploração do inconsciente.
  5. “O Poder do Agora” – Eckhart Tolle – Embora não seja especificamente psicanalítico, este livro explora a espiritualidade e a consciência através da lente da presença e do momento presente. Ele pode ser relacionado com terapias holísticas e meditativas, oferecendo uma perspectiva sobre a conexão mente-corpo.

Qual é o papel das pulsões na psicanalisee como elas influenciam a subjetividade humana?

Resposta: As pulsões, representando forças de vida (Eros) e morte (Thanatos), desempenham um papel crucial na psicanaliseao motivar nossas ações, desejos e emoções. Elas coexistem dentro de nós, impulsionando a busca por prazer e equilíbrio psíquico. Essas pulsões influenciam a construção da subjetividade humana, moldando nossas motivações, relações e comportamentos.

Como a psicanaliseexplora a relação entre o inconsciente e a subjetividade contemporânea?

Resposta: Na era moderna, a psicanalisereconhece os desafios da subjetividade contemporânea, onde a constante exposição às redes sociais e a busca por conexão podem distorcer a satisfação pulsional. A abordagem psicanalítica convida os indivíduos a explorar o inconsciente, confrontar ansiedades e inquietações, e entender como as pulsões afetam a maneira como construímos nossa identidade diante das expectativas sociais.

Como as terapias holísticas podem complementar a psicanalisena busca por autodescoberta e bem-estar?

Resposta: As terapias holísticas, como meditação e yoga, podem oferecer abordagens complementares à psicanalise. Enquanto a psicanalisese concentra na exploração do inconsciente e dos impulsos, as terapias holísticas podem proporcionar práticas que promovem a autorreflexão, conexão mente-corpo e alívio do estresse. Juntas, essas abordagens podem enriquecer a jornada de autodescoberta e bem-estar.

Quais são os principais conceitos explorados por Freud e Jung sobre o inconsciente e as pulsões?

Resposta: Tanto Freud quanto Jung exploraram o inconsciente e as pulsões em suas teorias. Freud enfocou as pulsões de vida e de morte, destacando sua influência nas motivações humanas e na formação da personalidade. Jung, por sua vez, desenvolveu a psicologia analítica, explorando o inconsciente coletivo, os arquétipos e a importância da individuação na busca pela totalidade do self.

Qual é a relevância de explorar os impulsos inconscientes na compreensão da mente humana?

Resposta: A exploração dos impulsos inconscientes é crucial para uma compreensão completa da mente humana. Ao acessar o inconsciente, podemos descobrir os desejos, conflitos e motivações ocultos que moldam nossos comportamentos e emoções. Isso nos permite confrontar ansiedades, buscar autodescoberta e desenvolver uma compreensão mais profunda de nós mesmos, enriquecendo nossa jornada de crescimento e autoconhecimento.

João Barros - empresário/escritor - professor com formação em filosofia/pedagogia, teologia/psicanálise (...) atualmente, diretor pedagógico na empresa SELO BE IBRATH - com foco na supervisão e qualificação dos produtos pedagógicos e cursos livres em saúde, qualidade de vida e bem-estar. Quanto às crenças e valores, vale a máxima: o caráter do profissional em saúde - isto é - dos psicanalistas/terapeutas - determina sua missão. "Mens sana in corpore sano".